
Filosofia significa, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Assim a filosofia indica um estado de espírito da pessoa que ama, isto é, daquela que deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita. A filosofia sofreu, no transcorrer da história, várias alterações e restrições em sua abrangência. As concepções do que seja a filosofia e quais são os seus objetos de estudo também se alteram conforme a escola ou movimento filosófico. Ela se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori. Durante as Idades Antiga e Medieval, a filosofia compreendia praticamente todas as áreas de investigação teórica. Em seu escopo figuravam desde disciplinas altamente abstratas - em que se estudavam o "ser enquanto ser" e os princípios gerais do raciocínio – até pesquisas sobre fenômenos mais específicos – como a queda dos corpos e a classificação dos seres vivos. Especialmente a partir do século XVII, vários ramos do conhecimento começam a se desvencilhar da filosofia e a se constituir em ciências independentes com técnicas e métodos próprios (priorizando, sobretudo, a observação e a experimentação) Apesar disso, a filosofia atual ainda pode ser vista como uma disciplina que trata de questões gerais e abstratas que sejam relevantes para a fundamentação das demais ciências particulares ou demais atividades culturais. A princípio, tais questões não poderiam ser convenientemente tratadas por métodos científicos. Por razões de conveniência e especialização, os problemas filosóficos são agrupados em subáreas temáticas: entre elas as mais tradicionais são a metafísica, a epistemologia, a lógica, a ética, a estética e a filosofia política.
As teorias sobre a origem da vida não se encontram nos limites do conhecimento, mas sim nos limites da filosofia. O significado e conceito da vida é o desafio mais difícil e direto que se pode colocar a qualquer corrente filosófica.
O primeiro momento de toda a reflexão é “o pensar sobre” e este ato muitas vezes é confundido com o filosofar. Isso se dá por imaginarmos que todo filósofo parou, mergulhou em profundo silêncio e liberou seus pensamentos para a conclusão de uma problemática. Assim, quando o homem busca caminhos para enfrentar seus problemas do dia a dia, ele se compara ao filósofo de seu imaginário e se silencia, reflete e até soluciona suas inquietações.
ResponderExcluirEnfim, mais falamos aqui do que a Filosofia não é e onde ela não está do que buscamos defini-la. Por que será assim? Talvez porque ela fuja a cada tentativa de a delimitarmos em uma ideia fechada. Isso não acontece com todas as áreas, mas sim com os que se dedicam a pensar sempre mais. Até hoje nenhum pensador conseguiu dar uma definição última da Filosofia. Mas sabemos que Filosofia de vida não é a Filosofia que estudamos na Academia porque a filosofia de vida tem um início (princípios) e, através de ações (meio), busca um fim; já a Filosofia tem uma ideia que gera reflexão, levando à criação de uma nova ideia, movendo e transformando o homem e sua história.
Os mitos e a religião são fenômenos universais: surgiram em todos os lugares, em todos os povos. A Filosofia, pelo contrário, é algo mais restrito. Em poucos lugares do mundo, como a Grécia e a Índia, apareceu gradualmente um pensamento filosófico que procurou dar uma explicação para o mundo sem utilizar mitos. Mas isso não aconteceu de repente nem houve um abandono total das concepções mitológicas e religiosas. Muitas vezes elas foram aproveitadas pelos filósofos. Por isso, para entender o surgimento da Filosofia, é preciso partir dos próprios mitos.
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